Incontinência urinária sem tabus
Luana Souza
Existem muitos mitos em relação à incontinência urinária, principalmente entre as mulheres, que por muitas vezes, sofrem com esse problema, e não procuram um profissional adequado para ajudá-las. Estimativas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontam que 35% das mulheres após a menopausa sofrem de incontinência urinária ao fazer algum esforço; e 40% das gestantes vão apresentar um ou mais episódios do problema durante a gestação ou logo após o parto. Entre os homens, cerca de 5% dos submetidos à cirurgia para retirada da próstata também podem apresentar incontinência.
A Sociedade Internacional de Continência Urinária (ICS) afirma que o problema existe quando há perda de qualquer quantidade de urina involuntária e classifica a doença em alguns tipos. Entre eles, a incontinência urinária por esforço, incontinência urinária de urgência e a incontinência urinária mista.
- A incontinência urinária por esforço ocorre em situações de qualquer esforço físico (espirrar; tossir; dar risada; pegar peso; atividades de impacto, e entre outros), gerando o aumento da pressão intra-abdominal. Dessa forma, o acometido não consegue sustentar a urina.
- A incontinência urinária de urgência é ocasionada quando o assoalho pélvico não tem resistência muscular para segurar a urina, portanto, ocorre a perda involuntária.
- A incontinência urinária mista ocorre tanto pelo esforço físico, quanto pela perca involuntária.
Sabemos que a incontinência urinária é mais frequente em mulheres, principalmente após a gestação, e também nas faixas etárias a partir dos 65 anos.
Existe solução?
A musculatura do assoalho pélvico realiza a contração e o relaxamento para segurar ou eliminar a urina e o bolo fecal. Quando essa musculatura perde resistência, a incontinência pode ocorrer. Mas a boa notícia é que esta disfunção pode ser prevenida e tratada com naturalidade. E uma das soluções está no método Pilates, atividade que trabalha o corpo e a mente. Um dos princípios do Pilates está no controle do centro de força (conhecido também como power house). Este controle estimula a musculatura do transverso, e também realiza a contração do assoalho pélvico.
Existem estudos comprovando a melhora da incontinência urinária após o método Pilates, assim como em outras atividades físicas ou da fisioterapia uroginecológica, pois esses exercícios proporcionam o treinamento do assoalho pélvico, mantendo a musculatura com mais resistência para a sua devida função.
Caso queira se aprofundar no assunto, segue o artigo sobre o assunto:
Borges J, Santos MTB, Silva IPR. Técnica de Pilates no tratamento da incontinência urinária em mulheres idosas. [Periódico on line] 2005. [citado em: 2008 jul 21] Disponível em: http://www.atelierdocorpoba.com.br/pdf/tec_pilates.pdf.
Sobre a autora:
Luana Souza
Fisioterapeuta
Crefito: 183417-F